sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O que os olhos veem o coração sente

O que os olhos veem o coração sente

Caracterização da Escola

A
 escola em que realizei meu estágio de matemática no ensino médio é a Escola Estadual de Ensino Médio Ildefonso Simões Lopes, mais conhecida como Rural. A escola é chamada assim até hoje pelo fato de que foi criada no município de Osório, para abrigar o curso técnico em agropecuária. Atualmente além deste curso a escola oferece o curso técnico em meio ambiente, e o ensino médio.
            A escola possui um total de 776 alunos, e 55 professores com regência de classe. O pessoal técnico-administrativo é composto por 10 profissionais, e o pessoal técnico- pedagógico 2, e 19 funcionários que trabalham na secretaria, biblioteca, limpeza e refeitório. A escola possui 22 salas de aula teórica, laboratório de informática, 3 unidades educativas de produção, auditório, 2 salas de vídeo, biblioteca, sala para o grêmio estudantil, 4 quadras poliesportivas descobertas, quadra de poliesportiva coberta, sala ambiente para educação física, sala de orientação educacional, sala de supervisão escolar, sala da direção, sala dos professores, sala ambiente com computador, bar, saguão, 2 banheiros masculinos, 2 banheiros femininos, 2 banheiros para professores, 3 alojamentos, 2 cozinhas, refeitório, setor financeiro, almoxarifado e lavanderia.
            A escola proporciona aos alunos um excelente espaço para construção de conhecimentos, e para os professores um ambiente propício para o exercício de suas atividades juntamente com os alunos. As relações dos alunos e dos professores com a escola são as mesmas, todos tem orgulho da escola em que estudam e trabalham. O espaço é bastante propício para a aprendizagem.
            Pelo motivo de nunca ter estudado na Escol Rural, decidi realizar algumas entrevistas com ex-alunos e ex-professores, a fim de obter relatos sobre a relação escola X aluno e escola X professor. Os entrevistados 1 e 2 são ex-alunos da escola, e os entrevistados 3 e 4 são ex-professores.

Entrevistas com ex-alunos:

Pergunta 1: Do que você lembra quando falam sobre a Escola Rural?

Entrevistada 1: De uma escola bem estruturada e com uma ótima qualidade de ensino.

Entrevistada 2: De várias coisas,desde bolinho de chuva até primeira nota baixa que eu tirei em matemática, 53.(tive que esconder da minha mãe).


Pergunta 2: Qual era a sua relação com os professores da escola?

Entrevistada 1: Muito boa.

Entrevistada 2: Todos me conheciam,pois a minha mãe trabalhava na escola.Então eu não podia fazer nada.


Pergunta 3: A escola marcou alguma fase importante na sua vida? De que forma ela marcou?

Entrevistada 1: Sim. Fiz o meu segundo grau lá, e fiquei admirada com o companheirismo dos professores.

Entrevistada 2: Eu entrei na Rural na terceira série e fiquei até o segundo grau, rodei na sétima em matemática com a professora Tina, e no primeiro ano em física com a professora Isabel,nesse tempo muita coisa me aconteceu, teve o acidente da excursão oito alunos faleceram, ai nunca mais teve passeio, teve também o incêndio do clube de matemática, era muito legal ter aula lá,eu cresci dentro da Rural.Entrei com 9 anos e sai de lá com 17 anos.


Pergunta 4: A escola proporcionou que sensações a você?

Entrevistada 1: Companheirismo (professores e alunos, alunos e alunos), é localizada em um lugar agradável e bonito, me senti muito bem estudando lá, foram tempos muito bons.

Entrevistada 2: Algumas boas e outras bem ruins, tive professores  e “professores”, lá tem de tudo, como é uma escola muito grande e fica no morro é bem espaçosa tem muita liberdade se você não tem uma formação boa você se perde,tem professor que te cativa e tem professor que te anoja,até a minha quinta série tinha a feira de ciências toda escola participava era muito legal, também tinha o laboratório de ciências que íamos na quarta e na quinta série .Na quinta a escola fez um projeto em português da quinta trocar cartas com a oitava foi bem legal...foram sensações boas....quando eu rodei em matemática ei tive a mesma professora...no meu primeiro dia de aula ela na ora da chamada fez questão de salientar que eu era repetente para a turma foi constrangedor, a sorte é que eu sou do tipo de aluna que sempre responde.Colocando numa balança metade, metade.


Pergunta 5: Os professores se preocupavam com os alunos, ou simplesmente lecionavam para aqueles que estavam interessados?

Entrevistada 1: Preocupavam-se com os alunos.

Entrevistada 2: Vamos imaginar que de uns dez, um ou dois realmente querem que você entenda e absorva a matéria, tinha casos de você conseguir trabalhos com amigos de outras escolas pois eram os mesmos que o seu professor deu, e o mesmo que ele iria dar no próximo ano.


Pergunta 6: Como eram suas aulas de matemática?

Entrevistada 1: Eram bem criativas.

Entrevistada 2: Na minha terceira série eu lembro que usávamos um ábaco feito com mangueira cortada, na quinta e na sexta íamos estudar no clube de matemática, mas não usávamos os matérias de lá, só sentávamos nas mesas em grupos.Depois de sétima em diante era na sala um atrás do outro fazendo conta.Do meu segundo grau eu não tenho lembrança ,acho isso muito engraçado,penso que foi tão traumatizante que meu cérebro guardou tão bem em alguma gavetinha que eu me nego a abri-la... (risos).


Pergunta 7: As aulas de matemática eram somente expositivas, ou os professores se preocupavam com a participação dos alunos nas aulas, e construção dos conceitos?

Entrevistada 1: Tinha bastante participação, embora na época eu não gostasse nenhum pouco disso, acho que foi bem importante.

Entrevistada 2: Somente expositivas, não consegui construir conceito nenhum em matemática, foi a matéria em que eu me lembro de mais colar nas provas, sinceramente até hoje eu conto nos dedos armo mentalmente as contas a matemática em mim é mal resolvida! SOCORRO!


Pergunta 8: A escola te preparou para a vida ou para o vestibular?

Entrevistada 1: Posso dizer que para os dois.

Entrevistada 2: Pensando bem talvez um pouco para a vida.


Pergunta 8: Se tiveres algum outro apontamento para fazer sobre a escola Rural ou sobre os professores de matemática e suas aulas, descreva-as abaixo:

Entrevistada 1: Só acho que  por contatos que tive com a escola depois que parei de estudar lá, o atendimento dos funcionários não é nada agradável, infelizmente.

Entrevistada 2: Se eu tivesse que depender  da matemática que me foi ensinada pelos professores  que eu tive durante a minha estada na Rural eu hoje seria um nada! A escola em si tenho muitas saudades, das amizades feitas, das alegrias, das tristezas, dos erros, dos acertos,de todo aprendizado que tive lá que carrego comigo até hoje, amo a minha Escola Estadual de primeiro e Segundo Graus Ildefonso Simões Lopes!


Entrevistas com ex-professores:

Pergunta 1: Durante quanto tempo lecionou na escola Rural?

Entrevistada 3: Lecionei nesta escola durante 18 anos .

Entrevistada 4: Trabalhei na Rural por 18 anos


Pergunta 2: Quais são as lembranças que tens deste período?

Entrevistada 3: São  muitas  as  lembranças !!!    Aprendi   muito  neste  período , foi  uma  época   muito   proveitosa .

Entrevistada 4: Nossa! Foi uma Escola que marcou a minha vida profissional. Trabalhei muito.Sempre com 9 turmas e bem variadas.


Pergunta 3: Qual era a sua relação com a escola?

Entrevistada 3: Muito   boa .  Passei    por  diferentes   funções    e  em   cada   uma  delas  aprendi   algo novo . Foi   uma  época  de   muita   aprendizagem . Tenho  muitas   boas  lembranças     dessa  época .

Entrevistada 4: Penso que tive até um papel de liderança na Rural.Criamos o Clube de Matemática.Uma opção para o aluno ter contato com o concreto e estudo fora do horário de aula.Fomos talvez pioneiros nesta busca de solução para as notas baixas.


Pergunta 4: A escola marcou alguma fase importante na sua vida de professor(a)? De que forma ela marcou?

Entrevistada 3: Sim.  Quando  vim para  Osório   e  fui  trabalhar  na Escola  Rural  foi   um    desafio  : escola  nova ...   nova  aprendizagem !!!

Entrevistada 4: Na Rural.... Fazíamos festas, muitas festas. Participávamos de festas da cidade em grupo toda a mulherada. Estudávamos e discutíamos a sala de aula em todas as terças de tarde. Fazíamos greve e sonhávamos com uma Educação de Qualidade. Tomávamos chimarrão no CLUMA. Participávamos de sessões de estudo e de congressos até fora do RS. Fazíamos festa de S João......



Pergunta 5: Quem são os alunos da escola? De que classe social os alunos pertencem? A que prática social estão ligados? Trabalham?

Entrevistada 3: A  escola  recebe  alunos  de  todas  as  classes  sociais . Não   posso  falar    dos   atuais   alunos  pois  não   conheço  a  realidade  atual.

Entrevistada 4: Na época a Rural tinha Ensino Fundamental- alunos de quinta a oitava das proximidades da Escola e alguns do centro. Uma época vinha ônibus de Capão para trazer alunos.  Ensino de segundo grau em duas modalidades- os alunos do Agro e os do outro curso que mudou de nome 3 vezes enquanto lá trabalhei.


Pergunta 6: Qual a principal função do ensino médio atualmente no país? Formar para a vida ou preparar para o vestibular? A escola Rural adota que princípio? Qual você considera que seja mais importante?

Entrevistada 3: Na   época   em   que  trabalhei  no  ensino  médio , tínhamos   um  projeto  no  antigo  PPT , onde  o  aluno  realizava  um   período  de  estágio  na  área  em   que  pretendia  fazer   vestibular , era  uma forma  do  aluno   conhecer   um   pouco  da   futura  profissão .

Entrevistada 4: O Ensino Médio deve dar condições ao aluno brasileiro de prestar concursos em geral. A Escola tem compromisso com o futuro profissional do aluno. Ela deve dar suporte para que ele possa ler e escrever  e pesquisar em qualquer situação do seu nível de estudo. Não tenho conhecimento sobre o trabalho da Rural hoje. Só circulando pelos corredores podes conhecer uma realidade escolar.


Pergunta 7: Se tiveres algum outro apontamento para fazer sobre a escola Rural ou sobre os professores de matemática e suas aulas, descreva-as abaixo: 

Entrevistada 3: Tínhamos   o  CLUMA , uma   sala -  laboratório  ,com  materiais   para   os  alunos  exercitarem.   Era   muito   bom  !!!

Entrevistada 4: Na Rural tive contato com um novo tipo de aluno. Eu vim do Vale dos Sinos.Conhecia o aluno de noturno e os pequenos do fundamental.
Aqui  aprendemos a trabalhar matemática com o aluno interno- que fica a semana toda na casa. Talvez por isto criamos o estudo fora do horário.
O trabalho de melhor nível que conheci, de Matemática, foi na Rural. Só a Escola que reúne os professores pode avançar.Conquistamos a tarde de terça por muitos anos e então o nosso grupo podia criar, sonhar,discutir,conhecer o aluno....                
Quando foi criada  a hora atividade na Escola Pública pensei que seria a salvação dela. Mas logo acharam uma forma de “não aglutinação” dos professores.
Com 45 anos de sala de aula ainda tenho certeza de que só os professores reunidos “estudando” podem descobrir caminhos para sala de aula.
Se eles tiverem um salário melhor então tudo ainda fica mais garantido. Tenho vergonha do meu salário de aposentada. E sou professora por opção. Só fiz vestibular de Matemática em 1964. Parei Andrios. Não pode escrever um livro??Beijos. Te admiro. Bom estágio!


Fotos da Escola:










A disciplina de Matemática e o Ensino Médio

A disciplina de Matemática e o Ensino Médio

N
os últimos três anos tenho trabalhado em espaços que oferecem auxílio aos estudantes com dificuldades na aprendizagem de matemática. Este período tem sido de suma importância, no sentido de dar subsídios, experiências e contato tanto com alunos do ensino fundamental, quanto alunos do ensino médio e superior.
            Além deste contato que ganho com os alunos e conteúdos, este trabalho me possibilita observar os diferentes perfis dos alunos e também dos professores, de cada nível escolar. Estas diferenças acontecem desde o comportamento do aluno, que ao ingressar no ensino médio está no início de seu amadurecimento, até o comprometimento com o estudo.
            Os alunos no ensino fundamental tradicionalmente recebem mais acompanhamento por parte dos professores. O vínculo do aluno com o professor é fortalecido pelo contato mais próximo, principalmente com os alunos das séries iniciais do ensino fundamental. A partir das séries finais do ensino fundamental, o aluno passa por um processo de transição, onde ainda recebe acompanhamento do professor, porém com menor freqüência.
Este processo de transição deve ser realizado em um ambiente escolar tranqüilo e sob o atento olhar do professor, pois devido a maior abertura, inicia uma etapa importantíssima para a construção ou fortalecimento da autonomia do aluno. 
Já quando o aluno passa para o ensino médio, ele adquiri a sua “liberdade escolar”. Utilizo este termo porque o ensino médio ainda não é um nível obrigatório de ensino no país. Segundo estudos realizados no país, o ensino médio é a maior preocupação dos educadores no Brasil, e apesar de quase a totalidade das crianças de 6 a 14 anos estarem cursando o ensino fundamental, somente cerca de 50,9% dos adolescentes de 15 a 17 anos estão no ensino médio.
Segundo o artigo 35 referente ao Ensino Médio, a LDB distingue as finalidades desta etapa na formação do aluno:
      I.        a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
    II.        a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;
   III.        o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;
  IV.        a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.


Segundo refere-se a LDB, o ensino médio deve ser uma etapa para aprofundar os estudos do ensino fundamental, abrindo portas para um possível ingresso no ensino superior. Ainda o coloca como preparação base para o mercado de trabalho, formando um cidadão crítico, autônomo, responsável, e ético.
Assim como está descrito e idealizado na LDB, o ensino médio é um excelente caminho a ser trilhado pelos estudantes. Porém a pergunta que fica é a seguinte: Por que então a taxa de alunos que não ingressam no ensino médio ainda é tão alta, tendo em vista suas grandes vantagens?
Penso que é necessário que haja mudanças no ensino médio atual, que ele seja integrado, com ênfases diferentes, na arte e cultura, iniciação científica, com formação profissional e técnica, onde os alunos possam extrapolar os muros escolares, tornando a escola um espaço de novas descobertas, e que seja atrativo aos olhos dos alunos. É necessário que haja professores que acreditem nessas mudanças, que não sejam acomodados, que instiguem seus alunos, que o questionem e o deixem questionar.

A matemática no ensino médio pode e deve contribuir para a formação de cidadãos mais críticos, autônomos e participativos. No ensino médio é necessário que os alunos possam entender a matemática como construção humana, na evolução da sociedade, da ciência e da tecnologia. É preciso que os professores não apenas ensinem matemática, mas também eduquem pela matemática.
Para os PCNEM (1999):

Se há uma unanimidade, pelo menos no plano dos conceitos entre educadores para as Ciências e a Matemática, é quanto à necessidade de se adotarem métodos de aprendizado ativo e interativo. Os alunos alcançam o aprendizado em um processo complexo, de elaboração pessoal, para o qual o professor e a escola contribuem permitindo ao aluno se comunicar, situar-se em seu grupo, debater sua compreensão, aprender a respeitar e a fazer-se respeitar; dando ao aluno oportunidade de construir modelos explicativos, linhas de argumentação e instrumentos de verificação de contradições; criando situações em que o aluno é instigado ou desafiado a participar e questionar; valorizando as atividades coletivas que propiciem a discussão e a elaboração conjunta de idéias e de práticas. (Ibidem, p. 52)


            Portanto é necessário que a disciplina de matemática seja desenvolvida com responsabilidade, para que os alunos possam concluir o ensino médio, tendo em sua formação básica, os conhecimentos sólidos da ciência, mas acima de tudo, seja um cidadão que saiba se comunicar e expressar através da matemática.

Uma nova experiência, uma nova escola, um novo desafio uma nova história....

Uma nova experiência, uma nova escola.
Um novo desafio, uma nova história

I
nicio meu estágio de matemática no ensino médio relembrando a minha experiência bem sucedida no ensino fundamental. Como é bom olhar para trás e ter orgulho do que foi feito. As lembranças são marcantes e inesquecíveis, pois esta foi uma etapa de suma importância em minha formação, pois confirmou uma vocação, e produziu “efeitos e afetos” não somente em minha vida acadêmica e profissional, mas também pessoal.
Agora nesta nova etapa, tudo é novo. Nova escola, o novo nível de escolaridade, a nova professora titular, a nova professora orientadora, o novo conteúdo, novos alunos, novos desafios, novas experiências, novos medos, novos sonhos, novo, novo, novo, novo....
São tantas novidades, que me trazem um ânimo diferente, de desafio, de busca pelo sucesso, novamente. Porém alguns velhos sentimentos ainda me acompanham: a garra, a dedicação, o envolvimento, a organização, a seriedade, o compromisso, a criatividade, o amor pela matemática e por educar pela matemática.
Hoje não tenho mais aquele frio na barriga, aquele sentimento de ansiedade, pois a confiança aumentou depois da experiência de sucesso no ensino fundamental.
Sinto-me motivado pelos desafios da docência, por entender que o resultado será gratificante ao final de mais uma jornada. Mas como posso afirmar que o resultado será gratificante ao final de mais uma jornada? Bom, a resposta é simples. Quando nos dedicamos ao máximo, nos esforçamos ao máximo, nos “puxamos” ao máximo, o resultado é um só..... SUCESSO!
Então vamos lá!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Estágio de Matemática no Ensino Fundamental - Andrios Bemfica

Este vídeo contém os registros fotográficos do Estágio de Matemática no Ensino Fundamental, realizado na Esc. Est. de Ens. Médio Maria Teresa Vilanova de Castilhos - POLIVALENTE.
O Estágio foi realizado em uma turma de 6ª série, no período de 27 de agosto à 22 de outubro de 2009.
Agradecimentos:
Orientadora Profª Dra Claudia Glavam
Profª Elena Chemale
Escola Polivalente
Profª Titular Graciela Pacheco Trevisan
Vera Bemfica
Greice Bemfica
Alunos da turma 61

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Minha Querida Escola "Polivalente"

A Escola Estadual de Ensino Médio Maria Teresa Vilanova de Castilhos em que realizei o estágio de Matemática em Ensino Fundamental é a escola em que estudei durante cinco anos. Lá me sinto em casa, fui muito bem recebido por todos.
A escola localiza-se na Rua Marechal Deodoro, 863, Centro, na cidade de Osório. Atende alunos da 5ªsérie do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio. A escola possui uma boa infra-estrutura com: 1 sala de vídeo, 10 salas de aula, sala de professores, supervisão, direção, secretaria, biblioteca, banheiros (dois femininos e dois masculinos) para alunos e (um feminino e um masculino) para professores, dois laboratórios: um de Física e outro de Biologia, bar para refeições, refeitório, ginásio pequeno, um bom espaço interno para abrigar os alunos, campo de futebol, quadra poliesportiva, escritório para Grêmio Estudantil, espaço para atividades agrícolas (hortas), sala para atividades comerciais, duas salas para atividades industriais (uma de marcenaria e outra de artesanato) e uma sala para atividades domésticas (onde os alunos aprendem a cozinhar).
Também me lembro das aulas profissionalizantes que a escola oferece em cada ano do Ensino Fundamental. Como comecei a estudar na escola a partir da 6ª série, não fiz as técnicas domésticas que são oferecidas na 5ª série. Nestas aulas os alunos aprendem a fazer bolos, lidar no fogão e no forno, fazer a limpeza de ambientes, entre outras atividades.  Na 6ª série a escola oferece dois períodos semanais de técnicas agrícolas, onde cada aluno tem a sua horta e é responsável pela capina e cultivo de variadas hortaliças. Já na 7ªsérie são oferecidos dois períodos semanais de técnicas industriais, onde os meninos tem a oportunidade de construir objetos com madeira (banquinhos, casinhas de passarinhos, porta objetos, entre outros) e as meninas pintam panos de prato e os objetos de madeira construídos pelos meninos. E na 8ªsérie a escola oferece também dois períodos semanais de técnicas comerciais. São aulas que abordam a rotina do comércio e as principais noções de matemática financeira.
            A escola foi fundada em 14 de novembro de 1974, dirigida por José Carlos Becker e André Poltronieri com uma proposta diferenciada dos outros estabelecimentos em função das técnicas Comerciais, Industriais, Agrícolas e Domésticas, e por isso a escola é mais conhecida e chamada até hoje de “POLIVALENTE”. Além das técnicas, a escola tinha na época aulas de cerâmica, tipografia, culinária e um salão de beleza completo. Em 1977 foi publicado o primeiro exemplar da revista Polivisão, totalmente produzida e editada na própria escola.
O meio físico da escola é bom. O ambiente é acolhedor e bem estruturado, dando a todos uma boa recepção. A mobília de algumas salas é nova, e dá comodidade aos alunos e professores durante as aulas. E em outras salas as classes e cadeiras se encontram em péssimo estado.
O nível sócio-econômico dos alunos é médio. A maioria dos alunos que a escola atende são oriundos do bairro Glória.
São atendidos na Escola, nos turnos da manhã, tarde e noite 546 alunos, distribuídos em 17 turmas. O corpo docente é formado por 38 professores e a equipe de pessoal é constituída de 12 funcionários que atendem o serviço de secretaria, merenda e manutenção da escola. (Dados referentes ao ano letivo de 2009)
Na escola existe uma boa relação entre professores, coordenação e direção. Durante o intervalo de aula a supervisora interage com os professores, e repassa as informações administrativas da escola. Os professores se comunicam e combinam seus horários de maneira coletiva. Os professores são envolvidos com os alunos e participam ativamente de atividades como Gincana e Acampamento Farroupilha, Festa de aniversário da Escola, entre outros.
Analisando o projeto político-pedagógico e o Regimento da Escola vi que ela é aberta a mudanças e transformações, que valoriza o conhecimento e a cultura, que incentiva a autoconstrução, a criatividade de cada um e a participação de todos na construção de uma sociedade humana e fraterna que respeita o homem e todas as formas de vida presentes na natureza. Segundo o Projeto Político-Pedagógico a escola aborda:
“situações de aprendizagem que atendam aos compromissos científico e filosófico da Escola: saber, saber fazer, ser e conviver; valorizando os conhecimentos prévios, a cultura da comunidade e propiciando o acesso ao saber local, regional e universal da humanidade, voltada para uma educação interdisciplinar e tendo como meta o “aprender a aprender”.(PPP, 2009, p.6)

O objetivo da escola é colocar o aluno na busca e compreensão do mundo, com iniciativa na busca de informações, onde deverá estruturar o pensamento e o raciocínio, podendo assim adquirir atitudes, gerando hábitos de investigação, propiciando a formação de uma visão ampla e científica da realidade.
É interessante perceber que a escola prega em seu projeto político-pedagógico o respeito à diversidade, à pluralidade, às diferentes culturas e às diferentes maneiras de pensar. É importante destacar que a escola prevê também uma valorização do conhecimento que o aluno carrega consigo antes de ter o acesso à escola, e o que este aprende fora do ambiente escolar, em seu cotidiano.

Fotos da Escola







Referências:

PPP – Projeto Político Pedagógico - Escola Estadual de Ensino Médio Maria Teresa Vilanova Castilhos. Osório-RS, 2009

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